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Guia de Orientações sobre Vacinação

  • Foto do escritor: Saúde
    Saúde
  • 27 de jan. de 2021
  • 8 min de leitura
Janeiro/2021

Amada igreja em Brasília,

Muitas dúvidas têm sido levantadas a respeito das vacinas desenvolvidas para o enfrentamento do novo coronavírus.

Não é uma área de conhecimento da grande maioria de nós. Então, temos que ser criteriosos e atentar para saber se as informações que chegam são coerentes e de fontes especialistas e de confiança.

Se tiver dúvidas sobre as mensagens que recebe, encaminhe-as para irmãos que têm autoridade nesta área. E, “por via das dúvidas”, NÃO as compartilhe!


As vacinas contra covid-19

Recentemente, após extensiva e meticulosa análise, a Anvisa autorizou o uso emergencial de duas vacinas para o combate do novo corona vírus : a vacina Coronovac da Sinovac (Butantan[1]), e a vacina de Oxford/AstraZeneca (Fiocruz[2]).


Embora sempre haja riscos associados às vacinas - antigas ou novas - o nível de risco é pequeno para a maioria, especialmente quando considerada a possibilidade de se contrair o vírus naturalmente. Existem muitos medicamentos no mercado que apresentam riscos maiores do que qualquer vacina, incluindo medicamentos comuns como o Paracetamol e Dipirona.


Acreditamos que há, ainda, boas razões para confiar nos processos das agências reguladoras de medicamentos dos EUA (CDC, FDA), Inglaterra (MHRA) e Brasil (Anvisa), todas comandadas inclusive por partidos conservadores até então (19/01/2021).


Um discípulo pode se vacinar simplesmente por amor ao próximo, porque você pode contaminar alguém. E espera-se que discípulos sejam sóbrios e criteriosos para formar julgamentos, buscando se aconselhar com quem tem autoridade nos assuntos importantes.


Considerando os aconselhamentos e pesquisas sobre o assunto, e vários quadros de doentes que temos visto, os riscos de sofrer doenças (ou até óbito) se alguém ficar infectado pelo Covid-19, são muito maiores que fazer uso da vacina, mesmo estas sendo de uso emergencial.


Apesar de nossas próprias convicções sobre os protocolos rigorosos para garantir a segurança e eficácia, cada irmão é livre para escolher se deseja ou não tomar essas novas vacinas.


  • Importante também lembrar que a pandemia só estará controlada quando mais de 80% da população estiver vacinada e, com isso, atingirmos o que chamamos de imunidade de rebanho, impedindo que o vírus continue circulando. É por isso que enquanto não atingirmos esta condição, as medidas de proteção como distanciamento social, uso de máscara, lavagem constante das mãos e álcool em gel devem continuar sendo seguidas.


A seguir, vamos tentar esclarecer as principais dúvidas e FAKE NEWS.


Você pode clicar no assunto abaixo, que será direcionado para a pergunta diretamente.





<< Índice das principais questões





1. Por que devo me vacinar?

A vacinação é uma estratégia que poderá reduzir a transmissão e o espalhamento contínuos do novo coronavírus. Certamente também diminuirá o perigo de morte para as pessoas do grupo de risco, principalmente. O fato de estarmos vacinados impede que o vírus se prolifere no nosso organismo, pois os anticorpos (defesa do nosso organismo) o neutralizarão, se e quando tivermos contato com o vírus. Dessa forma, ele não irá se multiplicar no nosso corpo, e a transmissão do vírus será minimizada.


2. A vacina foi feita muito rapidamente

Nos últimos 20 anos, a ciência se desenvolveu muito, disponibilizando novas tecnologias capazes de serem utilizadas no desenvolvimento de vacinas em tempos bem menores que anteriormente

No caso da covid-19, alguns fatores:

  • o fato de ser pandemia, que significa uma enfermidade de alcance e espalhamento mundial

  • nunca houve tanto dinheiro

  • nunca houve tantos pesquisadores

  • diversas empresas trabalhando na mesma causa, compartilhando informações e tecnologias

  • O Sars-CoV-2, causador da Covid-19, faz parte de uma família maior, que possui membros já conhecidos pelos cientistas há quase 20 anos.

Este é um grande diferencial em relação à vacina para outros vírus que não foram criadas ainda, como HIV (tem 30 anos), e Dengue (10 anos), por exemplo.




3. Vacinas atuais e suas tecnologias

As tecnologias das vacinas não são as mesmas.

O que temos percebido é que as vacinas desenvolvidas com as novas tecnologias disponíveis têm apresentado alta eficácia (maior que 85%).

Isso é um avanço tanto quanto temos em Células Tronco, diagnósticos mais precisos de doenças, cirurgia com robôs, etc.

A vacinação da população não porá fim à pandemia de uma hora para outra. Apenas com o monitoramento da redução dos casos e das mortes que iremos progredir com as liberações das restrições de distanciamento. E a vacinação poderá sim ser uma grande aliada nesse processo.



4. A vacina vai protegê-lo?

A vacinação reduzirá a chance de você contrair a COVID-19, mas pode levar uma ou duas semanas para o seu corpo construir alguma proteção pela vacina.

Como todos os medicamentos, nenhuma vacina é completamente eficaz – algumas pessoas ainda podem se contaminar com a COVID-19, apesar de terem tomado uma vacina, mas isso deve ocorrer muito pouco e de maneira menos grave.




5. Não pretendo tomar vacina. O risco é só meu.

Apesar de termos esse direito, e é importante sim respeitarmos os direitos individuais, o pensamento acima está errado, pelo menos enquanto é uma pandemia.

Esta pandemia não é como câncer, onde se eu não me trato, só eu vou sair prejudicado.

Não haverá vacina para todo mundo num curto prazo. Se todo mundo fosse vacinado rapidamente, talvez pudéssemos pensar assim.

Mas, sempre haverá uma parte da população que não poderá ser vacinada, como grávidas, crianças, e quem tem alergias graves e outras contraindicações. Enquanto não me vacino, sou um potencial contaminador para várias pessoas que não foram vacinadas ainda, ou que não podem ser vacinadas.


Se você realmente não pretende tomar a vacina, recomendamos que tome mais cuidados ainda, evitando manter contatos presenciais com outras pessoas.



6. Quem não pode tomar a vacina?

As vacinas contêm microrganismos vivos, atenuados, e por isso não são seguras para pessoas com distúrbios do sistema imunológico. Essas pessoas podem não responder tão bem à vacina. Um número pequeno de pessoas que estão em risco de COVID-19 não pode ter a vacina – isso inclui pessoas que têm alergias graves, mulheres que estão grávidas ou amamentando, crianças e adolescentes.




7. A vacina muda meu DNA?

DE JEITO NENHUM - a vacina não muda o DNA de humanos.

Essa polêmica foi levantada quando a tecnologia de utilizar RNA mensageiro foi escolhida para o desenvolvimento da vacina produzida pelas farmacêuticas Moderna e da Pfizer/BioNTech (ambas vacinas não estão autorizadas no nosso País, até o presente momento).

Essa tecnologia utiliza a nossa maquinaria celular de modo mais extenso que as demais vacinas, mas não permite que nosso material genético seja modificado. É um processo de inovação, mas as agências reguladoras americana (FDA) e europeia (EMA) aprovaram o uso de tais vacinas. A alta taxa de eficácia nos estudos dessas vacinas tem sugerido que essa tecnologia é promissora.



8. Qual a razão da eficácia de 50% da Coronavac (Sinovac)?

Não é um cara ou coroa. Não significa que vacina funciona para 50% das pessoas.


Para o grupo que vacinar e testar positivo para a Covid-19, um pouco menos que 50%, estes só terão sintomas leves, ou moderados, e com pouquíssima possibilidade de vir a óbito, caso que é diferente para quem não tomar a vacina e infectar.


Para a aprovação de um medicamento, é necessário apresentar dados de eficácia e segurança, basicamente, à Agência Reguladora do País (ANVISA). Então, uma vez aprovado, podemos esperar que foram atendidos os critérios.

A pesquisa com brasileiros desenvolvida pelo Instituto Butantan mostrou que 3,6% dos participantes não vacinados apresentaram sintomas de COVID-19. Alguns tiveram sintomas muito leves, outros tiveram sintomas leves, e outros tiveram sintomas moderados ou graves.

Por outro lado, apenas 1,8% dos participantes vacinados apresentou sintomas de COVID-19, todos sintomas muito leves ou leves. Nenhum participante desse grupo apresentou sintomas moderados ou graves.

Este índice de eficácia da Coronavac é o mesmo das vacinas de gripe (que existem anualmente) e contra a tuberculose.




9. As vacinas têm chip 5G?

Certamente que não.

O menor chip disponível hoje é umas 2 mil vezes maior do que um vírus.

Ainda não é possível colocar tanta funcionalidade em uma partícula tão pequena, mas mesmo quando surgir, será algo de custo bem elevado.

Supondo que já existisse, para bilhões de vacinas, se gastariam trilhões de dólares para colocarem o chip. Tem jeito mais simples, mais barato e já fazem isto. Basta usar celular que governos e muitas empresas já sabem bastante sobre você.



10. Quais são os riscos da vacinação?

Toda medicação apresenta riscos.

Se lerem atentamente alguma bula de remédio de uso comum, observarão que não são apenas as vacinas que oferecem alguns riscos. Contudo, nenhuma Agência reguladora aprovaria um medicamento/vacina, se o benefício não fosse muito maior que os possíveis riscos.




11. Efeitos colaterais

Como todos os medicamentos, vacinas podem causar efeitos colaterais. A maioria deles são leves e de curto prazo, e nem todos sequer os percebem.

Efeitos colaterais muito comuns incluem:

  • ter um sentimento doloroso, pesado, no braço onde você tomou sua injeção. Que pode manifestar em torno de 1-2 dias após a vacina

  • cansaço, dor de cabeça

  • dores gerais, ou gripe leve como sintomas




12. Ao ser vacinado, você pode pegar a COVID-19?

De jeito nenhum!

Mas é possível ter pegado COVID-19 antes da vacina, não ter ou não perceber sintomas, e estes se manifestarem depois da vacinação.






13. A vacina é vendida na internet e em farmácias?

As vacinas não serão comercializadas em lojas. Serão disponibilizadas somente pelo governo, por meio do SUS



14. A China não usa a CoronaVac.

Mais de 700 mil chineses já foram vacinados com a CoronaVac, principalmente profissionais da saúde



15. Já ter pegado Covid é melhor do que a vacina

Não se pode afirmar ainda.

Existem alguns casos em que a vacina protege mais do que a doença. E outros em que a doença oferece mais proteção do que a vacina.

Doenças como sarampo, catapora ou caxumba, a infecção natural confere imunidade mais longa do que a vacina. Em outros tipos de infecções, como as causadas em crianças por pneumococos ou meningococos (dois tipos de bactérias) ou pelo papilomavírus humano (HPV) — que podem causar verrugas e vários tipos de câncer — a vacina é melhor do que a doença.

Como o Covid-19 é uma doença nova, ainda não se sabe exatamente quanto tempo dura o efeito imunizador da vacina, mas um dos grandes diferenciais é que as vacinas não causam os efeitos colaterais do infectado, que em muitas pessoas pode deixar sequelas, como causar danos aos pulmões, trombos, etc.

Em outubro/2020, 76% da população da capital do Amazonas já havia sido infectada pelo novo coronavírus (revista Science). No entanto, a média de novos casos diários agora em janeiro, levou os hospitais da cidade ao colapso.



16. Vacinas contra covid-19 têm células de fetos abortados?

O desenvolvimento de algumas vacinas pode sim envolver o uso de culturas de células obtidas de tumores ou de fetos humanos que foram abortados.

Mas que as vacinas têm células de fetos em sua composição é falsa.

Nestas vacinas, as células são usadas para produzir os vírus inativados, mas depois os vírus são separados das células na vacina.




 

[1] O Instituto Butantan é uma instituição pública ligada ao Governo do Estado de São Paulo desde sua fundação em 1901. É considerado um dos principais centros científicos do mundo. É responsável por metade da produção brasileira de vacinas e por 90% dos soros usados no SUS. [2] Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é uma instituição nacional de pesquisa e desenvolvimento em ciências biológicas, localizada no estado do Rio de Janeiro, Brasil, e vinculada ao Ministério da Saúde. Criada em 1900 pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz, é a mais importante instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, sendo referência em pesquisas na área de saúde pública.

 
 
 

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